segunda-feira

Bicho Papão

Minha cabeça dói. Não quero mais pensar no meu futuro. Como se eu nem precisasse, como se tudo fosse parte de um jogo, do meu jogo. Até mesmo você que lê meu post, você faz parte de minha mente. Ou faria. Ou deveria fazer. Assim eu acho. Que fujo desta realidade apenas para não encarar os fatos. Eu temo tanto quanto temia o bicho papão em minha infância. Sim, o futuro tornou-se meu bicho papão, meu monstro de sete cabeças, meu Hades de atormento. Ai, como minha cabeça dói e meu coração salpica de pensar nas mudanças que vão acontecer, nas surpresas que eu vou ter. Como me dói o corpo por inteiro. Entre a pele e o osso, e o próprio osso também. Talvez o que doa em mim seja a alma e este meu coração pegajoso. Sinto saudades da infância, do quanto eu era feliz e nem imaginava que o era. E agora penso, se acho que estou triste, tenho mais medo ainda do futuro, que um dia me mostrará que tristeza não se mede tamanho, muito menos frequência. Sumam, bichos papões! Sumam com minhas incertezas! Sumam antes que eu suma de tudo!

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